O bonito, o feio e o engraçado

(história e nomes hipotéticos)
Você é bonito? Você é gata? Você é gostosa? Você é feio? Já assobiaram pra você na rua sem que você seja um vendedor de picolé? Conceito difícil né? Mas vamos ser bem rasos e admitir que haja um padrão de beleza e que não se trata de algo simplesmente imposto pela mídia e blá blá blá… vamos partir do princípio natural e zoológico da beleza e da atração sexual. Eu divido o mundo em 3 categorias: os bonitos, os feios e os engraçados. Sei que muita gente vai dizer que a beleza é algo sem muito parâmetro, que gosto é igual celular, cada um tem o seu! E que a gente começa a achar bonitas, pessoas que a gente admira… ainda bem, né!
Mas estou falando isso sem motivo também, só pra contar pequenas histórias que me aconteceram e que ilustram o que acho de mim e dos outros…mas principalmente DAS OUTRAS!! kkk Eu já disse isso antes, e repito: não me acho feio. Só acho que entre mim e um bonito haja ainda uma “Fila do Cinemark em pré-estreia” de distância. E sabem a razão de eu dividir a beleza da forma como eu disse? Quando eu era adolescente eu cansei de ouvir das meninas assim: Nossa Rodrigo, como você é bonito…Nossa Felipe, como você é engraçado! Mas que bela bosta né! Quem quer ser engraçado na adolescência? não me rende absolutamente nada. Eu queria era ser bonito, galã, ter cabelo ao vento…cabelo ao vento?? Eu só uso um cabelo ruim, mal cortado. Quando o vento bate nele, era o exemplo perfeito que o professor de física esperava pra explicar choque perfeitamente inelástico. Acho que o próprio vento evitava meu cabelo: “Não, Dona Brisa, vamo dá a volta aqui pela loirinha, que esse rapaz aí machuca a gente…” Eu acredito que haja vento que tenha batido no meu cabelo da minha infancia e tá nele até hoje, tentando encontrar a saída. Se o efeito borboleta for real, eu queria dizer que assumo que sequei o cabelo alguns dias antes do tsunami na Indonésia. É tudo culpa minha mesmo
O engraçado era o nerd piadista, ele queimava o filme da menina se ela o beijasse. Bom mesmo era ser o galã. Na incapacidade de ser galã, a outra saída era ser MAU. Eu poderia ter sido o bandido escolar. O marginal colegial. Aquele que não fala com ninguém, só veste o uniforme quando ele QUER, tá sempre de cara feia, não faz a barba (se resume a uma penugem ridícula acima do lábio), tira péssimas notas, é um revoltado natural, mesmo sendo filho da dona da loja de perfumes no shopping, e tem sempre uma cara de “há um grande mistério na minha vida” ou cara de “eu odeio esse mundo vil” que no fundo nada mais é do que raiva por ter tanta espinha. Esse cara ainda tem a chance de beijar a patricinha que quer CHOCAR!! E eu?? quem ia me pegar?? O engraçadão??? Eu era até bem quisto, mas nenhuma menina vinha falar sério comigo. Eu até tentava um mudada diferente às vezes:
- Ai Felipe, conta aquela do papagaio??
- Sabe Nathália, os papagaios também amam, também tem sentimentos… já te contei a história do papagaio que se apaixonou pela papagaia da sala dele mas não tinha coragem de se declarar pra ela? Ele sofria por ser o papagaio da piada, quando no fundo ele queria ser um faisão. Ele queria se livrar do personagem, sabe? Ele olhava no fundo dos olhos da Nathá…ops, da papagaia…e dizia Eu te amo! Mas a papagaia achava que era piada…foda isso né!
- Hahahahaha! Ai Fabiano…às vezes eu juro que não entendo suas piadas, mas, definitivamente, COMO VOCÊ É ENGRAÇADO!!
Era só isso que eu queria dizer. Agora vou malhar um pouco, porque minha barriga só faz as mulheres rirem.  Entenda as brincadeiras. É só uma piada. E saiba rir disso.

Nessa data querida

Nunca entendi o motivo real de se comemorar um aniversário. Digo, você dá os parabéns a alguém por realizar a proeza de não morrer nos últimos 365 dias? Uau! Que grande feito! A menos que você viva no Iraque (ou no Rio de Janeiro), completar um ano a mais de existência é no mínimo a sua obrigação. Não importa se você ganhou o prêmio Nobel no último ano ou se ficou em sua casa jogando Playstation o ano todo, no seu aniversário alguém sempre te dará os parabéns. Simplesmente por ser seu aniversário.
Acho que o “parabéns” no aniversário tem a função de elevar, mesmo que minimamente, a auto-estima de alguém. Algo como “Parabéns, pelo menos você ainda existe.”
Algumas culturas têm o hábito de não comemorar o nascimento, e consequentemente, os aniversários. Acho justo, pois a grande maioria vem pra cá só pra se lascar, por isso que todo mundo já nasce chorando. Minha intenção não é ser pessimista nem escatológico, mas vale à pena lançar um olhar mais “Nelson Rodriguístico” na vida de vez em quando.
Cada ano completado não é um ano a mais, e sim um ano a menos. Sempre pensei nisso. E quando penso que parece que meu aniversário anterior “foi ainda ontem” me dá um frio na espinha. Sinal de que os anos passam, quer você ganhe o Nobel, quer você jogue vídeo game o dia todo. É melhor então preocupar-se em fazer alguma coisa útil entre um aniversário e outro, assim pelo menos os parabéns serão de alguma forma merecidos.
Mas hoje é dia de comemorar. Estou feliz! Alegria! Bolos! Festa com os amigos! Parabéns pra mim. Pelo menos ainda existo.

Ser Acampante

Ser Acampante é ser com A maiúsculo, é se achar o rei da cocada preta, é guardar a modéstia a disfarçar a decisão, vontade e determinação, é achar que é único apenas por ser diferente. Não é ser o melhor, mas ser certo se trata de superar os próprios limites de si mesmo, e Jamais perder as esperanças até o minuto final.
Para ser acampante não é preciso regras, nem manual, é apenas ter o chamado espírito de acampante, não se tocar do ridículo, amar o Arraial, rir de Joca (missão tremendamente difícil), ou seja, apenas abrir o sorriso por qualquer coisa, curtir cada minuto e viver esse momento mágico, tão invejado por nós que estamos aqui fora, fazer valer a “missão” que tem que cumprir, se divertir como nunca.
Ser Acampante é sorrir, é brincar e ter de agüentar os seus monitores - pais, irmãos; como queira- gritando que acampante é mole e não anda pra frente. É fazer festa por cada jogo ganho, ou perdido; É jogar com o coração, com vontade sem se importar com o que vem a seguir; é respirar aliviado por acordar ouvindo mais uma alvorada; é não engolir o choro por ouvir a tão linda e tão triste Última Alvorada.
Minhas melhores lembranças passam pelo Arraial, porque não é um lugar apenas pra brincar, se divertir, onde você aprende a ser pessoa, ou melhor, acampante, aprende a ter responsabilidade, respeito ao seu meio, é um lugar onde amigos não são amigos, são irmãos, onde monitores não são monitores, são pais. O Arraial está mais do que nas marcas de fio ou quantas vezes que você foi, o Arraial é o sentimento que cada um leva para vida.

Avião

Existia uma época que viajar de avião era algo extremamente requintado, era presente de casamento, de formatura, de 15 anos...
"Meu amor, o nosso presente é uma viagem de avião e nós vamos comer filé ao molho de madeira"
Agora com a drástica diminuição de custos a comida do avião é bizonha. E sempre que nós ouvimos o comissário anunciando o serviço de bordo, há o rebuliço, as bandejas sendo abaixadas, os cintos soltos e aquela criança de 5 anos que sempre é a última a conseguir soltar-se do cinto. e então vem as aeromoças, todas femininas, e o comissário, todo feminino oferecendo para as bandejas desproporcionais uma barra de cereal e um guardanapo.
Para o que o guardanapo eu não sei, porque uma pessoa se lambuzar com o guardanapo tem que ser muito mongo e parecem os baleiros, porque andam numa calmaria, mas se bem que se você tem um acesso de nervoso e não conseguir abrir o cinto e eles passarem, não adianta chamar, puxar a camisa porque sempre respondem e na grosseria:
"Espere voltar para pegar"
Se bem que o baleiro voltaria pra pegar. Mas é perdoável, porque, quem sente uma fome exagerada viajando 40 minutos?
 
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